Sem fio a 7 Gbps
Se você está insatisfeito com sua conexão wireless,
saiba que a tecnologia que permite a transmissão de dados 12 vezes mais
rápida logo chega ao mercado. Conheça mais sobre a Wireless Gigabit!
O mundo das conexões sem fio é
maravilhoso, com elas é possível trocar dados e navegar pela internet
sem que haja nenhum cabo prendendo você e seu aparelho. No entanto, o
padrão de velocidade das redes Wi-Fi é basicamente o mesmo desde que as
conexões sem fio se popularizaram. Nesse meio tempo os aparelhos
evoluíram, criando uma demanda por uma banda wireless mais eficiente.
WiGig, também conhecido como “Wireless
Gigabit”, é uma nova tecnologia para a transmissão de dados sem fio
capaz de transmitir dados até 12 vezes mais rápido que o padrão atual
que já se encontra em operação. Tal velocidade de banda suporta
streaming de áudio e vídeo em qualidade Full HD. Será este o fim dos
cabos para a transmissão de imagem e som ou uma maneira de navegar muito
mais rápido pela rede?
- Como funciona?
Não se trata de nenhuma tecnologia
revolucionária, seu funcionamento é bastante similar à tecnologia Wi-Fi.
A principal diferença é que os aparelhos WiGig trabalham em uma
frequência de 60 GHz, lembrando que a faixa de 2,4 a 5 GHz do padrão
atual. O resultado é um significativo aumento na velocidade: um total
teórico de 7 Gbps (quase 1 GB por segundo) contra os 600 Mbps das redes
Wi-Fi.
Se por um lado a velocidade é muito
maior, por outro o alcance da nova tecnologia é bastante reduzido, algo
em torno de 10 a 20 metros. O WiGig não tem por objetivo desbancar o
padrão atual de conexões sem fio, mas sim complementá-lo. Os eletrônicos
que fizerem uso de tal tecnologia poderão se conectar a qualquer rede
Wi-Fi convencional.
A Wi-Fi Alliance, empresa
responsável pelo desenvolvimento da tecnologia, afirma que o projeto já
está em uso e se mostra estável desde dezembro de 2009. O
desenvolvimento de hardwares que suportam a tecnologia também já está
aberto, mas os primeiros produtos só devem chegar ao mercado em 2011.
- Aplicações
Embora a tecnologia leve o nome
“Wi-Fi”, é provável que seu principal concorrente seja o Bluetooth. Uma
vez que seu alcance é bastante limitado, o WiGig se mostrou ideal para
soluções domésticas de transmissão de áudio e vídeo sem fio. Imagine que
desta forma é possível transmitir filmes em Blu-ray do computador
direto para a televisão em tempo real sem nenhum cabo.
Já o seu uso em hotspots (cyber cafés e
afins) não parece ser seu foco. À medida que o receptor se afasta da
fonte emissora sua conectividade cai até atingir o padrão convencional
de conexões sem fio. Para tais aplicações o alcance de 100 metros ou
mais do padrão Wi-Fi deve continuar em uso.
Em pequenas empresas
a solução pode prover maior velocidade para a troca de informações.
Porém, o alcance reduzido do aparelho pode tornar a medida inviável ou
elevar demasiadamente os custos da implementação, exigindo vários pontos
de distribuição de banda.
- O que esperar para o futuro?
Várias empresas de renome já demonstraram seu interesse pelo projeto
e apoiam os progressos da tecnologia como Microsoft, AMD, Intel,
Samsung e NVIDIA entre outros. Se o projeto não fosse promissor,
certamente o interesse não seria tamanho. Porém, nenhuma das empresas
divulgou qualquer produto que faz uso da Wireless Gigabit. Só nos resta
esperar para saber do que a nova rede será capaz.
O uso do WiGig para o acesso em alta
velocidade à internet deve se popularizar somente quando o alcance do
dispositivo for aperfeiçoado. Até lá, no que diz respeito ao
desenvolvimento de hardwares que suportem a WiGig. A previsão inicial
era de que em 2011 já houvesse modems e portas com esta capacidade, mas
será preciso aguardar um pouco mais, até 2012.
Uma parceria entre os desenvolvedores
da WiGig e a VESA (órgão internacional responsável pela criação de
padrões para periféricos em computadores portáteis) mostra que as
novidades devem surgir em breve. O que se sabe, porém, é que Bruce
Montag, diretor da VESA, afirmou que não será preciso esperar até 2012
para testar a nova tecnologia, pois em 2011 alguns protótipos já devem
surgir no mercado.
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